ESTUDOS NO BREVE CATECISMO (9)

3ª IPB de Barretos / SP
Estudo Bíblico 13.10.11


A OBRA DA CRIAÇÃO

Pergunta 9 - Qual é a obra da criação?

 
Resposta: “A obra da criação é aquela pela qual Deus fez todas as coisas do nada, pela palavra do seu poder, no espaço de seus dias, e tudo muito bem”


Ref.: Gn 1:1-31; Hb 11:3; Ap 4:11 cf. Is 40:26,28; 42:5; 45:18; Jr 10:12-16; Am 4:13; Sl 33:6-9; 90:2; 102:25; Jó 38; Ne 9:6; Jo 1:1-3; Hb 1:2; Ap 10:6.

(Os comentários abaixo são do Rev. Onézio Figueiredo)


CRIAÇÃO REVELADA
 
Não se mistura e não se contrasta a doutrina da criação com as teorias científicas das origens. A ciência astronômica representa os legítimos esforços humanos concentrados no propósito de desvendamento dos mistérios do universo: origem, existência, composição, organização, leis e destino. O homem é inquiridor e pesquisador por natureza. Milita para conquistar a natureza e tenta desvendar a procedência e a existência da criação, os segredos do desconhecido, do ignorado, do inexplicável. Deus nas Escrituras, nossa regra de fé, revela-se a nós como:
 

a- Criador de todas as coisas (visíveis e invisíveis, inanimadas e animadas, materiais e espirituais);
b- Regente e mantenedor da ordem criada desde a micro à macroestrutura; c- Rei da humanidade, por ele organizada em etnias, civilizações, culturas e nações;
d- Salvador de todos os eleitos em Cristo Jesus. A criação por ordenação divina,
segundo a Palavra de Deus, é matéria de fé: “Pela fé entendemos que foi o universo formado pela Palavra de Deus, de maneira que o visível veio à existência das coisas que não aparecem” (Hb 11.3).

"CREATIO EX NIHILO" - CRIAÇÃO A PARTIR DO NADA


Os evolucionistas firmam-se no pressuposto da anterioridade da matéria tanto na
forma concentrada como na expandida, transformada em energia. Eles negam Deus, rejeitam seu poder criador, não aceitam a sua eternidade, mas admitem, pelo menos até agora, a preexistência de uma base material de que o universo se formou, distribuiu-se e se organizou. A Bíblia, por outro lado, nos afirma que o Criador do nada, do inexistente, criou a matéria, o universo físico, com sua complicadíssima estrutura atômica e fez vir à existência todos os organismos vivos simples e complexos. Crer na preexistência da matéria é fé materialista; crer na preexistência, na onipotência e na onisciência de Deus é fé no Criador eterno.

O DEUS CRIADOR


A Bíblia nos ensina que a criação(tanto quanto a redenção) é obra do Deus trino: Do Pai (Gn 1.1; Is 44.24; 45.12; Sl 33.6), do Filho (Jo 1.1-3, 10; Cl 1.16), tudo com a participação do Espírito Santo (Gn 1.2; Jó 26.13). A perfeição do cosmos, as leis naturais da física, da química, da biologia, a magnitude do universo, a hidrografia, a geologia, a fauna e a flora são obras reveladoras do extraordinário poder, da incomparável inteligência e da inigualável sensibilidade artística do onipotente e onisciente Criador. A criação, certamente, não é o caminho para se chegar ao Criador, mas este, revelado pelas Escrituras, encarnado em Jesus Cristo e presente em nós, seus escolhidos, pelo Espírito Santo, faz-nos enxergar a natureza como arte divina e o homem como imagem e semelhança daquele que o criou, obra prima do Artista supremo.
 

O tempo da criação As Escrituras dizem que o universo, a natureza terrena( flora e fauna) e o homem foram criados em sete dias. O texto catecismal indica o período de uma semana, acompanhando, certamente, o quarto mandamento( Ex 20.8-11). Não há motivos para rejeitarmos tal afirmação. Se, porém, são períodos ou eras criacionais, em nada se altera a doutrina da criação, pois sabemos e sustentamos que:
a- Deus é Criador de todas as coisas.
b- A criação teve um início e terá um fim determinado, um dia de começo e outro de término.
c- Deus criou o universo físico, a natureza e o homem escalonadamente em seis
tarefas ou espaços diários, não importando que sejam dias semanais, criacionais ou eras.

A CRIAÇÃO DO HOMEM


Do nada Deus criou a matéria. Da matéria fez, pelo poder de sua palavra, surgirem as plantas e os animais: “Havendo, pois, o Senhor Deus formado da terra todos os animais do campo, e todas as aves dos céus, trouxe-os ao homem para ver como este os chamaria...”( Gn 2.19 cf Gn 1.11,12, 20-25). O homem, porém, procede das mãos de seu Criador como escultura nobre, incomparavelmente artística, vitalizada e espiritualizada pelo hálito( Ruach) divino: “Então formou o Senhor Deus ao homem do pó da terra, e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser alma vivente”( Gn 2.7). O homem, portanto, obra do ilimitado e augusto Artista, trouxe, originariamente, a imagem,
os sinais, as qualidades, os atributos comunicáveis, as virtudes, a racionalidade, a
sensibilidade, a moralidade, a espiritualidade, a criatividade, a inventividade, a capacidade gerencial, a herança regencial e a força de comando procedentes do Criador. O pecado desqualificou-o consideravelmente, deslocou a sua fé do Criador para a criatura, centralizou a sua confiança e a sua esperança nos seres humanos, instalou em seu coração uma incrível propensão para o mal. A sua restauração, porém, em se tratando dos eleitos, tem sido efetivada e se consumará em Cristo Jesus, “quando o atual corpo corruptível se revestir de incorruptibilidade e o que é mortal se revestir de imortalidade” (1 Co 15.53). Apesar do pecado, a nobreza e a grandeza do homem são evidentemente inegáveis.


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