A DURAÇÃO DO ÊXTASE

Por: Rev. Israel Sifoleli

O êxtase pode ser religioso, uma experiência profunda e arrebatadora do sobrenatural. Mas também pode ser “profano”, um deleite em face da beleza e sublimidade que nos eleva fazendo jorrar emoções belas e profundas.

Pode, ainda, ser vivenciado nas amizades sinceras, nos banquetes familiares e reencontros da vida. Por conjugar tudo isto, é que o natal se constitui, para muitos, um raro momento de êxtase.

Infelizmente, porém, (ou felizmente) são momentos efêmeros que a vida nos proporciona, por isso, a mente pragmática atual não os valoriza. Entretanto, se o êxtase não pode ser prolongado como gostaríamos, pois recusa o lugar do ordinário (comum), ele pode, sim, servir para trazer novos rumos e sentido à caminhada.

Pensemos, na experiência dos primeiros atores do palco natalino. O êxtase pode ter sido efêmero, mas a vida dos pastores e magos, certamente, nunca mais foi a mesma. Dezenas de anos não poderiam apagar a beleza e magia daquela noite que caminhava para a mesmice, mas que repentinamente foi invadida pelo extraordinário.

Ainda que a Bíblia não relate o impacto da experiência natalina na vida dos personagens privilegiados, podemos imaginar que a vida deles passou por uma grande revolução. Podemos vê-los, já idosos, a recuperar o brilho nos olhos, força e determinação quando a memória recuperava os acontecimentos daquela noite especial.

Jesus nasceu uma única vez na história, no entanto, até hoje continua a mudar muitas histórias. Assim, por que restringir o “espírito natalino” à semana do natal? Antes, pelo contrário, devemos nos inspirar e sermos influenciados o ano todo.

Portanto, se não podemos impedir que a glória se desvaneça, pelo menos que nos sirva para redirecionar o foco e gerar motivação para enfrentar os desafios da vida. 

O Rev. Israel é pastor da Segunda IPB de Ermelino Matarazzo / SP.

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