RESTAURAÇÃO EM EMAÚS

 
"Mas eles O constrangeram, dizendo: Fica conosco, porque é tarde, e o dia já declina. E entrou para ficar com eles." Lucas 24:29. 


Os que compareceram ao Culto da Ressurreição no dia 08/04/12 devem se lembrar da mensagem que foi pregada naquele dia: “EMAÚS, O CAMINHO DA RESTAURAÇÃO”. Destacamos naquela mensagem que os discípulos estavam fortemente abalados com a morte do Senhor, e por isso seus olhos estavam fechados, e seus corações agora incrédulos não ardiam mais. De fato, as lutas podem nos abalar, mas precisamos resistir para que não deixemos de perseverar. Do contrário nossos olhos se fecharão, não creremos mais no Senhor com a intensidade necessária, e nossos corações se tornarão gélidos, sem o ardor da chama divina.

Hoje vamos tentar compreender que a ação de Cristo em Emaús, restaurou a esperança de Seus servos. O modo como Ele agiu (e age) quando Seus servos, outrora tão empolgados com a mensagem da salvação, agora estavam tão abatidos.

Será que nós estaríamos prontos a enfrentar tamanha prova de nossa fé? Ficaríamos firmes se tivéssemos visto o nosso amado Senhor e Salvador pregado na Cruz? Perseveraríamos se fôssemos perseguidos e mortos como eles foram? Como reagimos diante das nossas lutas e provações? E como reagiremos quando a grande perseguição se estabelecer sobre a Terra?

EXPLICAÇÃO

Emaús era uma aldeia que ficava distante de Jerusalém cerca de 11 Km. Foi no caminho entre Jerusalém e Emaús que Jesus veio ter com eles na tarde daquele domingo. Não sabemos ao certo quem são eles, sabemos somente o nome de um deles, Cléopas (vs.18); a Bíblia não revela o nome do outro. No entanto ao lermos a sequência do texto notamos que eles faziam parte do convívio dos Apóstolos, provavelmente caminharam ao lado de Jesus e tinham contato bem próximo com Ele.

ARGUMENTAÇÃO

Apesar daqueles irmãos estarem em situação de tamanha fragilidade, incrédulos, entristecidos, com seus olhos fechados espiritualmente, Jesus Se compadeceu deles e agiu transformando tudo em bênção.

Jesus aproximou-Se deles;
Jesus andou com eles;
Jesus falou com eles;
Jesus ficou com eles, atendendo o seu pedido;
Jesus revelou-Se a eles no partir do pão.

Jesus nos ama, e mesmo quando estamos abatidos, Ele Se aproxima de nós, anda conosco, fala conosco, fica conosco e revela-Se a nós.
A história terminaria triste não fosse a graça e a bondade de Deus. Cristo veio ao encontro daqueles irmãos com o intuito de restaurá-los, e foi exatamente isso que Ele fez. Como o Senhor lhes restaurou a esperança? Qual é o caminho da restauração?

1 – JESUS EXORTOU A LEMBRAR DAS ESCRITURAS (vs.25-27)

Jesus os exortou (vs.25-26) e lhes relembrou as Escrituras (vs.27). Aqueles irmãos devem ter se assustado quando aquele desconhecido, que na verdade era o Senhor, passou a exorta-los chamando-os de “néscios”, isto é, imprudentes; e “tardos de coração”, isto é, pessoas que demoram a entender e crer nas Escrituras.

Aqui somos exortados a buscar ser restaurados e viver dentro da clareza e da transparência da Palavra de Deus. É claro que quando não atentamos para o que a Bíblia diz, desejamos fazer as coisas do nosso jeito, e não do jeito de Deus. Assim quem se esquece dos mandamentos e das ordenanças do Senhor, passa a agir traiçoeiramente, falsamente, sem o prumo da verdade. (“Seja o teu falar sim, sim; não, não; o que passar disso vem do maligno”). Mas Jesus lhes fez lembrar daquilo que estava escrito na Palavra de Deus. Esse é o princípio da restauração de uma vida, de uma família, de uma Igreja, e da própria sociedade como um todo: o compromisso com a Verdade, compromisso com a Palavra de Deus.

2 – JESUS PERMANECEU COM ELES (vs.29)

As Palavras de Jesus ecoaram na alma daqueles servos, eles passaram a se incomodar com o que aquEle Desconhecido lhes falara. Quem seria Esse que falava de tal modo que lhes tocava o coração?

Quando chegaram na aldeia Jesus fez como quem ia mais longe, e então eles O convidaram (vs.29): “Fica conosco porque já é tarde, e já declinou o dia”. Jesus entrou para ficar com eles. O Senhor Jesus permaneceu com aqueles servos, porque eles assim pediram.

Aqui aprendemos acerca da importância da oração, do clamor e da súplica, no processo de restauração. Eles pediram para Jesus ficar, e Ele ficou. Precisamos pedir para Jesus permanecer conosco em nossa vida pessoal, em nossa família, em nossa Igreja, e em tudo que fizermos. Precisamos aprender a clamar a Ele e não fazer nada sem o Seu consentimento, sem a Sua direção.

3 – JESUS RESTABELECEU A COMUNHÃO COM ELES (vs.30-31)


Quando Jesus tomou o pão, e abençoando-o o partiu e lhes deu, Ele estava restabelecendo a Sua comunhão com seus servos. Então os olhos deles se abriram. Foi um mover tremendo do Senhor que fez com que aqueles homens que estavam tão frios, incrédulos e indiferentes, passassem a crer novamente, e entender o plano do Senhor. O Senhor restaurou neles a esperança!

Aconteceu algo maravilhoso na vida daqueles irmãos: uma restauração espiritual aconteceu, seus olhos foram abertos, o coração deles foi aceso, iluminado novamente, eles se levantaram e no mesmo momento retornaram para Jerusalém e contaram aos irmãos tudo que lhes havia acontecido.
A desesperança tinha tomado conta daqueles irmãos. É o que notamos na conversa de Jesus com os homens no caminho de Emaús em Lucas 24:21
“E nós esperávamos que fosse Ele o que remisse Israel; mas agora, sobre tudo isso, é já hoje o terceiro dia desde que essas coisas aconteceram.”

Mas Jesus revela-se a eles trazendo de volta a esperança perdida, é o que nota-se em Lc 24:32 quando dizem:

“Disseram um para o outro: Porventura não ardia em nós o nosso coração quando, pelo caminho, nos falava, e quando nos abria as Escrituras?”

CONCLUSÃO

E naquela mesma hora da noite eles voltam a Jerusalém para contar aos outros o que lhes acontecera (vs. 35).

Mas Jesus ressuscitou e mudou a vida daqueles servos. Basta imaginarmos Pedro pregando em Atos 2:14ss com intrepidez e fé, e o resultado é a conversão de quase 3000 almas (vs. 41). Era outro Pedro, totalmente renovado em sua esperança.

O mesmo notamos na vida e na obra de todos os outros discípulos que agora estavam dispostos até a morrer por sua fé se assim fosse necessário, como ocorreu com Estevão em Atos 7 que morreu apedrejado por causa de sua pregação e sua fé em Cristo. E no vs. 60 ele diz:
“E, pondo-se de joelhos, clamou com grande voz: Senhor, não lhes imputes este pecado. E, tendo dito isto, adormeceu.”

Diz o dito popular que “a esperança é a última que morre”, mas morre. No entanto a esperança do crente tem nome: JESUS. E em 1 Pe 1:3 nos é dito que a nossa esperança é uma VIVA ESPERANÇA, isto é, a esperança do crente não morre jamais.

Por: Rev. Paulo Sergio da Silva
IPB de Vila Gerti, S.C.Sul / SP
Culto de Louvor 02/02/14.




SDG – A DEUS TODA GLÓRIA!!!

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